quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Desejos nefastos


Em pensamentos
teu nariz aquilino
passa pelos meus seios
que eriçam
    de desejo
    de desejo!!!!
oh, meu Deus, de desejo
Sua boca
devora-me
lambe minha alma cintilante, no outono
Seus olhos reluzem
assustam-me
mas devoram-me

Tua pele roça minha pele
e parece que não sei mais qual é minha pele
revisto-me de você
e no seu desejo espelho-me
entrego-me
sozinha, amparada por seus braços, que imagino

Nos meus sonhos, nossos corpos se encontram
porque querem se encontrar
querem se encontrar!
Nada os aplaca
nada
nada
nada

Sonhos e silêncios
silêncio  para evitar nossos desejos
nossos desejos tão íntimos
que revelam
sempre em pensamentos
em pensamentos, Deus meu! Em pensamentos

Meu corpo nu, uma bota, uma meia rendada... Seus fetiches tatuados em meu corpo
Algemas que libertam...

Ah, se minha boca encontrasse seus lábios
eu lhe devoraria
a noite toda sem fim
Nossa intimidade de séculos
de vidas que os ciganos leram
num acampamento de astros

Eu sonhei com você
junto a mim
numa piscina de espumas
num desejo sem fim
Nos perdemos no infinito
Na natureza que não morre nunca
que está acima das ganâncias
acima de tudo
a nossa natureza primeira
instintiva

   Beija-me
   mesmo que em pensamentos
e eu te sentirei
lembrarei
elevarei meu espírito ao éden
Ninfas dançarão 
numa sensualidade selvagem
Apolo
Afrodite
todos os mitos eróticos
estarão ao nosso redor
e brindaremos no céu de outono
o prazer
o prazer eterno de nossos corpos...


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário