quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Reencontro


O espetáculo acaba
E quando volto para casa
Tiro a máscara
E tento dormir
Conciliar minha última invenção ao travesseiro

Os moinhos de vento zunem fora
O anúncio da chuva
Meu corpo resfria seu sabor
Tento aquietar meu desejo
Fazia tempo que não te via
Como roguei
Roguei a mim
Roguei a virgem Maria
Para não embargar a voz
Tudo sair como que natural
Espontâneo
Amigos
Amigos que se amaram um dia
Perderam-se em caricias pelas madrugadas
Riram de bobagens
Contamos rachaduras na parede
Por não ter o que fazer
Rimos da lagartixa pintada pela criança
Suspiramos a eternidade
Ah, como sonhamos de mãos dadas vendo o dia amanhecer.
Eu adormecia no seu colo e você para não me acordar, não se mexia, ficava naquela posição até a perna formigar.

Começa a chover!
Olho pela janela embaçada
Tal como fazia quando criança
Sozinha....

Seguirei sozinha...

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